Menos de uma semana depois de um tufão ter matado mais de 200 pessoas nas Filipinas, um tufão muito mais poderoso atingiu o país.
Outro tufão, este muito mais forte, atingiu o nordeste das Filipinas na noite de domingo, poucos dias depois de um ciclone tropical ter matado mais de 200 pessoas na região.
Este ano, o Supertufão Fung-wong, por vezes chamado de Uwan localmente, é o 21º ciclone tropical a atingir a nação. Mais de um milhão de pessoas foram evacuadas da rota da tempestade e pelo menos oito pessoas morreram em consequência disso. Antes da tempestade atingir o país, ventos com força de tufão já devastavam partes da nação.
O olho do tufão deslocou-se pela província de Aurora, a mais de 190 quilômetros ao norte de Manila, antes de atingir o norte de Luzon, o mais populoso dos três grupos de ilhas do país. Mais de 117 milhões de pessoas vivem neste arquipélago com mais de 7.000 ilhas, sendo que Luzon abriga mais da metade delas. Segundo o governo filipino, 30 milhões de filipinos podem estar em risco devido aos efeitos do tufão.
De acordo com a Agência de Notícias das Filipinas, o Escritório de Defesa Civil anunciou na segunda-feira que uma pessoa morreu afogada na região de Bicol e outra faleceu quando sua casa desabou em Visayas Oriental.
Segundo a Associated Press, as autoridades informaram que três jovens morreram em dois deslizamentos de terra distintos. Na cidade de Lubuagan, em Kalinga, um deslizamento de terra causou a morte de dois moradores. Ainda segundo a AP, um deslizamento de lama na cidade de Barlig vitimou outra pessoa.
Já sobrecarregadas após o tufão Kalmaegi, também conhecido localmente como Tino, que atingiu a costa em 4 de novembro, as equipes de emergência estavam amplamente dispersas pelos distritos afetados. Para agilizar as atividades de socorro e recuperação após o Kalmaegi, o presidente Ferdinand Marcos Jr. decretou estado de calamidade nacional por um ano. A maioria das mais de 200 mortes ocorreu na província de Cebu, no sul do país.
De acordo com a Administração de Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronômicos das Filipinas (PAGASA), Fung-wong perdeu força, passando de supertufão para tufão, ao atravessar as Filipinas durante a noite.
À medida que se aproximava da costa, os ventos máximos sustentados do supertufão chegavam a cerca de 185 km/h perto de seu núcleo; nas horas seguintes ao impacto, esses ventos diminuíram para cerca de 164 km/h. Mesmo assim, rajadas de vento de até 274 km/h foram previstas. De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia das Filipinas, ventos sustentados acima de 93 km/h e rajadas que excedam essa velocidade representam um “sério risco à vida humana e à propriedade”.
Cidades inteiras ficaram submersas na noite de domingo, tanto nas cidades centrais quanto ao longo da costa. Grande parte de Luzon, incluindo a região metropolitana de Manila, onde as aulas foram canceladas, estava sob alerta de fortes chuvas e ventos. Imagens mostraram linhas de energia derrubadas, casas completamente soterradas em água turva, pontes e outras infraestruturas destruídas por ventos extremamente fortes, entre outros.
Suprimentos alimentares e exames de saúde estão sendo fornecidos em alguns abrigos de evacuação como parte dos esforços de ajuda aos evacuados.
Ainda não está claro a extensão dos danos e da destruição.
Após atingir a costa sudoeste de Taiwan, uma forma mais fraca do tufão deve retornar às Filipinas na noite de quarta-feira, horário local, informou a PAGASA nesta segunda-feira.








