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Quando boas intenções aumentam o estresse dos filhos e dos pais | cinetotal.com.br

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Quando boas intenções aumentam o estresse dos filhos e dos pais
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Quando boas intenções aumentam o estresse dos filhos e dos pais

Por que conselhos simplistas sobre o autismo prejudicam mais do que ajudam. “Coloque-o de bunda.” Eles parecem simples. E é por isso que eles são perigosos. Pressione Enter ou clique para ver a imagem em tamanho real. Não porque as pessoas o digam com más intenções. Mas porque simplificam a realidade, que na verdade é muito mais complexa. Quando tiramos o comportamento do contexto, uma criança com TEA pode se comportar de uma forma que é difícil de ser compreendida pelas pessoas ao seu redor:- grita,- foge,- recusa-se a cooperar,- reage “inadequadamente”. Visto de fora, pode parecer desafio, mimos ou má educação. No entanto, o comportamento nunca surge no vácuo. A razão por trás deste comportamento é muitas vezes: sistema, – sensibilidade sensorial, – incapacidade de regular emoções, – ansiedade ou sobrecarga. Não é falta de limites. Não é uma falha dos pais. Conselhos que parecem lógicos, mas são prejudiciais. Quando dizemos a alguém: “Coloque-o no chão”, dizemos implicitamente: “O problema está na sua educação”. “ele vai superar isso”, dizemos: “Sua experiência hoje não é importante”. Este conselho não ajuda a criança e ao mesmo tempo aumenta a pressão, a vergonha e o desamparo dos pais. O autismo não é uma questão de disciplina Os transtornos do espectro do autismo não são o resultado de uma educação inadequada. Nem são algo que irá “desaparecer” se formos suficientemente rigorosos. O comportamento de uma criança com TEA costuma ser um sinal, e não o problema em si. Um sinal de que: – ele não consegue lidar com alguma coisa, – algo é demais para ele, – seu sistema nervoso está sob estresse. Se punirmos esse sinal em vez de compreendê-lo, a criança não aprenderá a se regular, apenas aprenderá a se suprimir. A experiência não se trata de conselhos, mas de compreensão. A verdadeira ajuda não começa com uma frase rápida. Começa com as perguntas: O que desencadeia esse comportamento? O que a criança vivencia? O que o ajuda a se sentir seguro? E só então surgem estratégias que fazem sentido para uma criança específica e para uma família específica. Menos conselhos, mais respeito Nem todo mundo precisa entender o autismo em profundidade. Mas todos podem fazer uma coisa: não oferecer soluções fáceis para situações difíceis. Às vezes a maior ajuda é a frase: “Vejo que é difícil. Se você quiser, eu te escuto”. Para as famílias que convivem com TEA todos os dias, isso geralmente equivale a mais de mil palavras de conselho.


Publicado: 2025-12-23 20:26:00

fonte: medium.com