Cinema

“Invocação do Mal: O Ritual Final” Encerra a Saga dos Warren nos Cinemas

Chega aos cinemas nesta quinta-feira, 4 de setembro de 2025, o aguardado filme de terror “Invocação do Mal: O Ritual Final”, que promete ser o epílogo da icônica saga baseada nos casos de Ed e Lorraine Warren. A jornada cinematográfica, iniciada em 2013 por James Wan e distribuída pela Warner Bros. Pictures, chega à sua conclusão, fechando a história dos célebres investigadores paranormais que cativaram o público com atmosferas góticas e medos coletivos, alcançando recordes de bilheteria ao longo da última década.

Um Universo de Pesadelos e Sucesso de Bilheteria

Desde o primeiro capítulo até este filme conclusivo, a franquia “Invocação do Mal” soube transformar supostos testemunhos de fenômenos paranormais em uma linguagem cinematográfica que envolveu uma audiência global. Este quarto episódio da linha principal se baseia em uma última investigação que Ed e Lorraine teriam conduzido nos anos 80, na casa da família Smurl, na Pensilvânia. Nos papéis principais, Patrick Wilson e Vera Farmiga retornam como o casal de demonologistas, já indissociavelmente ligados a esses personagens.

A trama segue uma fórmula familiar: alterna entre cenas da vida doméstica peculiar do casal Warren e uma sequência crescente de assombrações em uma casa de família. Eventualmente, os dois mundos se colidem, culminando em um exorcismo espetacular. O cenário dos anos 80 é evocado de maneira brilhante, prestando atenção a cada detalhe da época.

Elenco: Rostos Familiares e Novas Adições

Os grandes protagonistas, Vera Farmiga e Patrick Wilson, continuam sendo o coração da franquia. A química entre eles, que os transformou no casal mais querido do cinema de terror, é mais uma vez um dos pontos altos do filme. A interpretação intensa e sensível de Farmiga como Lorraine equilibra o lado místico da médium com o de esposa e mãe, enquanto Wilson retrata a coragem e a firmeza de Ed, sem deixar de lado o laço afetivo que é o pilar de toda a saga.

O elenco de “O Ritual Final” se enriquece com novas adições: a atriz britânica Mia Tomlinson assume o papel de Judy Warren, a filha dos protagonistas, agora uma mulher adulta que herdou parte da intuição psíquica de sua mãe. Ela é acompanhada por Ben Hardy, que interpreta seu namorado, Tony Spera. Além disso, rostos conhecidos retornam, como Steve Coulter, mais uma vez no papel do Padre Gordon, que tem uma participação impactante na trama.

Direção e Aspectos Técnicos

A direção do filme fica novamente a cargo de Michael Chaves, que assumiu a franquia a partir do terceiro filme. James Wan, embora não esteja mais atrás das câmeras, permanece como uma figura central na produção e como o idealizador de todo este universo narrativo, que também deu origem a outras franquias de sucesso como “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”.

Do ponto de vista técnico, o filme se destaca por um visual que remete aos clássicos do terror. A equipe de bastidores inclui o diretor de fotografia Eli Born, o designer de produção John Frankish e o compositor Benjamin Wallfisch, cujas atmosferas sonoras são cruciais para a construção da tensão.

O Fim da Saga ou um Novo Começo?

Apesar dos pontos fortes, mais de uma década depois, alguns elementos da franquia começam a mostrar sinais de desgaste. As cenas de terror, antes eletrizantes, agora podem parecer um festival de clichês de “Invocação do Mal”: brinquedos infantis possuídos, porões escuros e rangentes, lâmpadas que explodem e reflexos que revelam algo horrível ao fundo.

No entanto, o filme ainda entrega momentos de criatividade, como uma cena de prova de um vestido de noiva que promete gerar um medo genuíno de espelhos infinitos. O poder dos demônios parece inconsistente; às vezes, parece ilimitado, mas na maior parte do tempo, eles se contentam em brincar com os heróis, submetendo-os a sustos fáceis até o clímax. Como o título sugere, “O Ritual Final” certamente encerra as aventuras de Ed e Lorraine. Mas com a franquia sendo a mais lucrativa da história do terror e com os personagens de Judy e Tony agora em cena, fica a pergunta: Hollywood realmente permitirá que a caça aos demônios termine?